A Rússia anunciou nesta quarta-feira (22) a realização de um grande exercício militar envolvendo armas nucleares, um dia após os Estados Unidos informarem o adiamento de uma segunda reunião entre os presidentes Vladimir Putin e Donald Trump sobre a guerra na Ucrânia.
Segundo o governo russo, os testes envolveram mísseis lançados de bases terrestres, submarinos e aeronaves, incluindo armas balísticas intercontinentais capazes de atingir os Estados Unidos. O Kremlin divulgou imagens que mostram o general Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior russo, informando Putin sobre os testes.
Durante o conflito na Ucrânia, Putin tem usado referências ao poderio nuclear como sinal de alerta tanto para Kiev quanto para países aliados do Ocidente. Recentemente, a Otan também realizou exercícios de dissuasão nuclear na região.
Em paralelo, a Suécia anunciou a assinatura de uma carta de intenção para exportar caças Gripen à Ucrânia. Pilotos ucranianos já testaram os jatos na Suécia, e o presidente Volodymyr Zelensky indicou a expectativa de adquirir até 100 aeronaves. A medida visa reforçar a defesa ucraniana em meio ao conflito que já dura mais de três anos.
Sobre a reunião entre Putin e Trump, a Casa Branca informou que o encontro não ocorrerá “no futuro imediato”, pois o presidente americano não deseja uma “reunião desperdiçada”. Autoridades russas confirmam que os preparativos continuam, mas as datas ainda não foram definidas, em meio a divergências sobre os termos de um possível acordo de paz, incluindo a exigência russa de que a Ucrânia ceda controle da região de Donbas.
O exercício nuclear russo e o adiamento do encontro entre os líderes reforçam a tensão internacional em meio à guerra, evidenciando o complexo cenário diplomático e militar que envolve Rússia, EUA e Ucrânia.
