Com mais de 97% das atas contabilizadas, o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia confirmou, de forma praticamente irreversível, a vitória de Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão (PDC), na disputa presidencial. Senador e ex-prefeito de Tarija, Paz assume o comando do país em meio a um cenário de desafios econômicos e políticos.
A eleição, marcada pelo inéditismo de um segundo turno, entra para a história boliviana como um marco da consolidação democrática. Foi a primeira vez que a população foi às urnas para decidir a presidência em duas etapas.
Durante a campanha, Rodrigo Paz defendeu uma agenda de descentralização administrativa, incentivo ao setor privado e manutenção dos programas sociais já existentes. Entre os principais desafios de seu governo estão a recuperação da economia e o fortalecimento das instituições públicas.
Outro destaque do pleito foi a derrota histórica do Movimento ao Socialismo (MAS), partido fundado e liderado por Evo Morales, que não conseguiu avançar ao segundo turno. Apesar de derrotado, Morales declarou apoio a Rodrigo Paz e afirmou ter “votado por obrigação”, em referência à polarização política que marcou o processo eleitoral.
Com a vitória confirmada, Rodrigo Paz inicia uma nova fase na política boliviana, que promete redefinir o papel do país no cenário regional e consolidar um novo ciclo de liderança democrática na América do Sul.
