Ricardo Coutinho faz autocrítica ao PT da Paraíba e diz que partido “se acomodou em papel de coadjuvante”

O ex-governador Ricardo Coutinho (PT) fez uma dura autocrítica ao Partido dos Trabalhadores da Paraíba, durante entrevista ao programa Conexão Master, da Rádio Norte FM, nesta terça-feira (7). Segundo ele, a sigla cometeu erros estratégicos nos últimos anos e acabou se acomodando em uma posição secundária na política estadual.
“O espaço, hoje, para o PT é pequeno porque assim foi feito. Acho que o PT errou muito. Na política, você não pode dar tudo. Você precisa almejar o poder. O PT se conformou em ser coadjuvante justamente no momento em que governava o país por oito anos”, afirmou Ricardo, em referência ao período em que Dilma Rousseff esteve na Presidência da República.
“Retornar ao protagonismo será difícil”
Para o ex-governador, o PT estadual se acostumou à condição de coadjuvante e, por isso, retomar o protagonismo político será um desafio.
“Quando você se acostuma com essa condição menor, o retorno é complicado. O jogo da política é de exclusão, ninguém quer mais um parceiro nessa mesa”, destacou.
Apoio a Adriano Galdino
Durante a entrevista, Ricardo Coutinho também manifestou apoio ao presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos), como um nome capaz de liderar um novo projeto político dentro do PT.
“Acho que Adriano pode cumprir esse papel, se ele tiver disposição de disputar pelo PT. Ele pode personificar esse projeto”, avaliou.
Contexto eleitoral
As declarações de Ricardo reforçam a insatisfação com o espaço do PT na política paraibana e evidenciam o desafio do partido em se reposicionar de olho nas eleições de 2026. Enquanto nomes como Lucas Ribeiro (PP) e Cícero Lucena (sem partido) avançam em articulações políticas, o PT ainda avalia se manterá a condição de aliado ou se buscará voltar ao centro da disputa estadual.




