A Paraíba volta a se destacar no cenário econômico brasileiro em 2025, demonstrando força e estabilidade mesmo diante de um ambiente nacional de desaceleração. Segundo o mais recente estudo do BB Assessoramento Econômico, divulgado na última sexta-feira (10), o estado figura entre os que mais crescem no país, com projeção de 2,7% de aumento no Produto Interno Bruto (PIB) — acima da média nacional, estimada em 2,2%.
O desempenho coloca a Paraíba à frente da média do Nordeste (1,8%) e lado a lado com a Bahia (2,7%), ficando atrás apenas do Maranhão, que lidera as projeções regionais com 3,5%. O levantamento ainda lembra que, em 2024, o estado registrou o maior crescimento do PIB do país, com uma taxa expressiva de 8,8%.
Indústria e serviços puxam o crescimento
O setor industrial é um dos principais motores da economia paraibana neste novo ciclo. A projeção do PIB da Indústria para 2025 é de 3,7%, número superior tanto à média do Nordeste (1,6%) quanto à nacional (1,7%).
Nos serviços, o desempenho também chama atenção. O PIB do setor deve crescer 2,7%, enquanto as médias do Nordeste e do Brasil estão em 2,1% e 2,2%, respectivamente. O segmento de comércio vem impulsionando esses resultados, com o volume de serviços acumulando alta de 6,0% entre janeiro e julho de 2025, o segundo melhor resultado do país — atrás apenas do Distrito Federal (6,3%).
Agropecuária e mercado de trabalho reforçam cenário positivo
Na agropecuária, o crescimento projetado é de 3,7%, superando a média regional (2,3%) e mantendo estabilidade mesmo diante da disparada nacional (8,2%). A produção de cana-de-açúcar se mantém em alta, com variação positiva de 0,2%, o que coloca a Paraíba entre os poucos estados nordestinos com crescimento na safra.
O dinamismo econômico também se reflete no mercado de trabalho formal. De acordo com o secretário do Planejamento, Gilmar Martins, o estudo do Banco do Brasil mostra que o comércio varejista paraibano cresceu 5,7% no acumulado do ano, garantindo ao estado a terceira melhor colocação do país, atrás apenas de Amapá (7,9%) e Santa Catarina (6,3%).
Em agosto, o saldo de empregos formais foi de 8.492 novas vagas, resultado das admissões menos demissões. “Esses números comprovam o acerto das políticas públicas implementadas pelo Governo da Paraíba, que têm garantido desenvolvimento econômico e social de forma equilibrada”, destacou o secretário.
