O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quarta-feira (22) o pedido do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar. A decisão ocorre após a reabertura da investigação sobre a trama golpista envolvendo Bolsonaro.
Moraes justificou que Valdemar está proibido de manter contato com Bolsonaro em decorrência de medidas cautelares aplicadas em 4 de agosto de 2025, que restringem interações com investigados ou réus dos processos relacionados à tentativa de golpe. “Manteve-se a proibição de contato com quaisquer autoridades estrangeiras, assim como com os demais réus e investigados das ações penais e inquéritos”, afirmou o ministro.
O STF decidiu, por 4 votos a 1, reabrir a investigação sobre a trama golpista, que busca apurar crimes de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Entre os investigados está Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, ex-presidente do Instituto Voto Legal (IVL), contratado pelo PL para elaborar estudos que subsidiaram ações contestando o resultado do primeiro turno das eleições de 2022, utilizando informações falsas sobre urnas eletrônicas.
Apesar de Valdemar Costa Neto ter sido indiciado pela Polícia Federal no ano passado, ele não foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em nenhum dos núcleos da investigação. A medida de Moraes reforça as restrições a contatos que possam influenciar o curso das apurações ou a atuação dos investigados.
