
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira (22) que a autorização concedida pelo Ibama à Petrobras para pesquisar petróleo na bacia sedimentar Foz do Amazonas foi tomada com base em critérios técnicos, sem influência política.
A licença, emitida na segunda-feira (20), permite a perfuração de poços no bloco FZA-M-59, na região conhecida como Margem Equatorial, no litoral brasileiro. Marina destacou que todas as exigências feitas pelo Ibama, como a instalação de bases de socorro para fauna oleada próximas ao local da prospecção, foram essenciais para minimizar impactos ambientais.
“Todas as exigências que o Ibama fez eram altamente necessárias e, se não fosse o rigor do órgão, a licença poderia ter sido concedida em prejuízo do meio ambiente e dos interesses do Brasil”, disse a ministra, em entrevista ao Canal Gov.
Marina Silva reconheceu a contradição de expandir a exploração de petróleo às vésperas da COP30, que ocorrerá em Belém, ressaltando a importância de reduzir o uso de combustíveis fósseis para combater as mudanças climáticas. Ela enfatizou que a decisão sobre a exploração de petróleo não é do Ibama, mas do Conselho Nacional de Política Energética.
A ministra também comentou sobre os preparativos do Brasil para a COP30, destacando desafios logísticos e a necessidade de compromissos concretos dos países participantes. Marina reforçou a importância de ações conjuntas e solidárias para enfrentar a emergência climática global.
“Espero que a cúpula deixe um legado importante para o país, liderando pelo exemplo na agenda de desmatamento, na transição para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e em discussões substantivas sobre adaptação climática”, afirmou.




