A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de decretar a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), neste sábado (22), gerou forte reação entre aliados paraibanos do líder político. A medida foi classificada por apoiadores como “perseguição” e “uso político da Justiça”.
Bolsonaro estava em prisão domiciliar e, segundo o STF, teria descumprido medidas cautelares ao tentar violar a tornozeleira eletrônica. A Corte também citou risco de fuga e a necessidade de garantir a ordem pública, especialmente após Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar uma vigília em frente ao condomínio onde o ex-presidente residia.
De acordo com nota do Supremo, a proximidade do trânsito em julgado da condenação — que prevê 27 anos e 3 meses de reclusão — reforçou a decisão de substituição da prisão domiciliar por preventiva, entendida como “indispensável” diante do cenário.
Repercussão na Paraíba
A decisão provocou reações imediatas entre lideranças políticas do estado.
Em live no Instagram, o presidente estadual do PL e ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou a medida e questionou sua necessidade.
“Bolsonaro com situação de saúde precária, será que ele é uma ameaça à ordem pública? Estamos vivendo tempos estranhos”, afirmou.
O senador Efraim Filho (União) também se manifestou nas redes sociais.
“A prisão de Bolsonaro causa indignação e tristeza a quem acredita na Justiça como caminho e não como arma”, declarou, prestando solidariedade à família do ex-presidente.
O comunicador Nilvan Ferreira publicou vídeo chamando a decisão de “perseguição política” e pedindo reflexão nacional sobre o momento vivido.
Entre os deputados estaduais, Sargento Neto (PL) afirmou que os aliados “não abandonarão Bolsonaro”, enquanto Wallber Virgolino (PL) postou mensagem de apoio citando uma frase atribuída a Rui Barbosa.
Na Câmara Municipal de João Pessoa, os vereadores Fábio Lopes (PL) e Eliza Virgínia (PP) também se manifestaram publicamente em solidariedade ao ex-presidente.
