Oposição apoia operação no Rio e cobra combate mais duro ao crime organizado

Deputados da oposição se manifestaram em apoio à megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro contra a facção criminosa Comando Vermelho. Durante discursos no Plenário e entrevistas, os parlamentares destacaram a necessidade de enfrentar a força das organizações criminosas e criticaram a falta de ação do governo federal.

O deputado Kim Kataguiri (União-SP) afirmou que o controle do território é uma questão de soberania nacional e defendeu a participação da União no combate às facções. “Não há nada mais soberano do que fazer valer o ordenamento jurídico e impor a lei e a ordem. Infelizmente, parece que o governo federal tem outros interesses, que não enfrentar o crime organizado”, declarou.

Na mesma linha, o deputado General Pazuello (PL-RJ) classificou a operação como “inevitável” e afirmou que as organizações narcoterroristas dominam grande parte do território fluminense. “Ou combatemos essas facções, ou vamos nos tornar um narcoestado. As pessoas vivem subjugadas, sem acesso a serviços públicos e segurança”, disse.

O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB), vice-líder da oposição, responsabilizou o Supremo Tribunal Federal (STF) pelo fortalecimento do tráfico, ao criticar a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) das Favelas, que restringiu operações policiais no Rio. “Essa ação do STF é inconstitucional e favorece o crime organizado. A Constituição é clara sobre o papel das polícias”, afirmou.

Já o secretário de Segurança Pública de São Paulo e deputado federal licenciado, Guilherme Derrite, anunciou que reassumirá o mandato para relatar o projeto de lei que equipara facções criminosas a organizações terroristas (PL 1283/25). Segundo ele, o texto vai endurecer as punições para crimes como domínio de cidades, uso de armamento de guerra e obstrução de ações policiais. “Se o ordenamento jurídico não acompanhar a evolução do crime, será impossível conter o domínio territorial das facções”, alertou.