O Nordeste do Brasil começa a consolidar-se como um novo e estratégico polo industrial para a produção de veículos elétricos e eletrificados. Após a confirmação de que a montadora chinesa Leapmotor vai fabricar seus modelos no polo automotivo da Stellantis, em Goiana (PE), a região se posiciona no mapa global da mobilidade sustentável.
A movimentação segue a trilha aberta pela BYD, que assumiu a antiga planta da Ford em Camaçari, na Bahia. O investimento de R$ 5,5 bilhões marca um dos maiores aportes recentes da indústria automotiva no país. A área, de 4,6 milhões de metros quadrados, abriga uma estrutura moderna com capacidade inicial para produzir 150 mil veículos por ano — número que poderá dobrar com o avanço da operação.
Na semana passada, a BYD inaugurou oficialmente a unidade baiana, que ainda opera em regime SKD, ou seja, com os modelos chegando parcialmente montados da China. Entre os primeiros veículos finalizados no Brasil estão o Dolphin Mini, o Song Pro e o King.
Com as duas operações — BYD na Bahia e Leapmotor em Pernambuco —, o Nordeste se transforma em protagonista de um novo ciclo industrial, atraindo tecnologia, investimentos e empregos qualificados. Especialistas apontam que a tendência é de expansão: além de fortalecer a cadeia automotiva local, o movimento coloca o Brasil em posição mais competitiva na transição global para a mobilidade elétrica.
