Brasil

Cesta básica registra queda em setembro, mas ainda exige salário acima do mínimo para sustentar família

Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta quarta-feira (8) pelo Dieese e pela Conab, o preço do conjunto de alimentos básicos caiu em 22 capitais brasileiras e subiu em cinco na comparação com agosto de 2025.

As maiores quedas foram registradas em Fortaleza (-6,31%), Palmas (-5,91%), Rio Branco (-3,16%), São Luís (-3,15%) e Teresina (-2,63%). Já as altas mais expressivas ocorreram em Campo Grande (1,55%), Curitiba (0,38%), Vitória (0,21%), Porto Alegre (0,04%) e Macapá (0,03%).

Entre as capitais, São Paulo registrou a cesta mais cara, com R$ 842,26, seguida por Porto Alegre (R$ 811,44), Florianópolis (R$ 811,07) e Rio de Janeiro (R$ 799,22). As menores cestas foram em cidades do Norte e Nordeste, como Aracaju (R$ 552,65), Maceió (R$ 593,17), Salvador (R$ 601,74) e Natal (R$ 610,27).

O estudo também aponta que, para suprir todas as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas — incluindo alimentação, moradia, saúde, educação, transporte e lazer —, seria necessário um salário mínimo de R$ 7.075,83, equivalente a 4,66 vezes o valor do mínimo vigente (R$ 1.518).

Entre os produtos, destacam-se:

  • Tomate: queda em 26 capitais, alta apenas em Macapá (4,41%).

  • Arroz agulhinha: queda em 25 capitais, com destaque para Natal (-6,45%) e Brasília (-5,33%).

  • Carne bovina de primeira: aumentou em 16 capitais e diminuiu em 11, com maiores altas em Vitória (4,57%) e Aracaju (2,32%).

  • Café em pó: caiu em 14 capitais e subiu em 13, com as maiores altas em São Luís (5,10%) e Campo Grande (4,32%).

O Dieese explica que a oferta limitada de produtos, agravada por estiagem, pressiona os preços para cima, enquanto a baixa demanda em algumas cidades contribui para reduções.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo