Sucessão no TCE-PB movimenta bastidores e põe governo em posição estratégica

A sucessão no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) já começou a agitar os bastidores políticos. Nesta quarta-feira (8), o governador João Azevêdo (PSB) quebrou o silêncio e admitiu que o secretário de Estado da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos, Deusdete Queiroga (PSB), é um dos nomes cotados para ocupar a vaga que será aberta com a aposentadoria do conselheiro Fernando Catão, prevista para este mês, quando ele completa 75 anos.
“É uma discussão interna, ainda não tem nada definido. Mas é um grande nome, todo mundo conhece”, afirmou o governador durante entrevista à imprensa na inauguração da Policlínica Integrada da Segurança Pública (Poinsp), em João Pessoa.
A fala, ainda que cautelosa, foi suficiente para intensificar as especulações e acender o debate político em torno da sucessão. A possível indicação de Deusdete Queiroga não é vista apenas como uma escolha técnica, mas também como parte de uma estratégia do núcleo do governo para manter influência dentro do Tribunal, órgão responsável pela fiscalização das contas públicas, inclusive do Executivo estadual.
Além de Queiroga, outros nomes surgem nas conversas de bastidores, como os deputados estaduais Tião Gomes (PSB), Branco Mendes (Republicanos), Taciano Diniz (União Brasil) e Tovar Correia Lima (PSDB). A definição, no entanto, deve depender do perfil que o governo pretende emplacar — se mais técnico ou mais político.
O nome do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos), também aparece nas especulações, embora ainda sem movimento oficial. Uma eventual candidatura dele, porém, poderia dividir o bloco governista e tensionar a base, dada a importância e o prestígio da vaga, que garante mandato vitalício no TCE.
A escolha do próximo conselheiro exigirá habilidade política e equilíbrio interno por parte do governador. Por enquanto, João Azevêdo adota uma postura de silêncio estratégico, observando atentamente o desenrolar do xadrez político que se forma em torno da sucessão.




